O cangaceiro - um deles, em especial, Lampião - tornou-se personagem do imaginário nacional, ora caracterizado como uma espécie de Robin Hood, que roubava dos ricos para dar aos pobres, ora caracterizado como uma figura pré-revolucionária, que questionava e subvertia a ordem social de sua época e região.
O cangaço existiu a partir do século 19, mas atingiu o auge entre o início do século 20, marcado pela ação do bando de Antonio Silvino, e a década de 1940, quando foi morto o cangaceiro Corisco, no interior da Bahia. Entre a atuação dos dois, destacou-se aquele que tornou-se a personificação do cangaço, por ser o líder de uma quadrilha que atuou por quase duas décadas em diversos estados do Nordeste: Virgulino Ferreira da Silva, o célebre Lampião.
Contribuíram para sua fama a violência e a ousadia, que o levaram a empreender ataques até a cidades relativamente grandes do sertão, como Mossoró (RN), em 13 de junho de 1927. Nesse caso, em especial, o ataque fracassou, pois a população local se entrincheirou na cidade e repeliu o ataque. O mesmo não aconteceu em Limoeiro do Norte (CE) ou Queimadas (BA), que o bando de Lampião tomou por alguns dias saqueando, matando indiscriminadamente, e impondo a sua vontade pelo tempo que ali permaneceu.
O
agravamento do problema do cangaço levou as polícias estaduais a criar forças
especiais para combatê-lo, as chamadas "volantes", comandadas por
policiais de carreira, mas formadas por "soldados" temporários e
cujos métodos de atuação - em especial em relação à população pobre - não era
muito diferente daqueles dos próprios cangaceiros. Quanto ao governo federal,
seu descaso pelo cangaço foi sempre o mesmo manifestado pelo semi-árido de um
modo geral.
De qualquer modo, em 1938, o governo de Alagoas se empenhou na captura de Lampião. Uma volante comandada por João Bezerra conseguiu cercá-lo na fazenda de Angicos, um refúgio no Estado de Sergipe. Depois de vinte minutos de tiroteio, cerca de 40 cangaceiros conseguiram escapar, mas onze foram mortos, entre eles o líder do bando e sua mulher, conhecida como Maria Bonita.
Para se ter uma idéia do caráter violento da sociedade em que isso aconteceu, vale mencionar que os onze mortos foram decapitados e suas cabeças, levadas para Salvador (BA), ficaram expostas no museu Nina Rodrigues até 1968 - quando foram finalmente sepultadas.
De qualquer modo, em 1938, o governo de Alagoas se empenhou na captura de Lampião. Uma volante comandada por João Bezerra conseguiu cercá-lo na fazenda de Angicos, um refúgio no Estado de Sergipe. Depois de vinte minutos de tiroteio, cerca de 40 cangaceiros conseguiram escapar, mas onze foram mortos, entre eles o líder do bando e sua mulher, conhecida como Maria Bonita.
Para se ter uma idéia do caráter violento da sociedade em que isso aconteceu, vale mencionar que os onze mortos foram decapitados e suas cabeças, levadas para Salvador (BA), ficaram expostas no museu Nina Rodrigues até 1968 - quando foram finalmente sepultadas.
O FIM DO CANGAÇO
Lugar-tenente
de Lampião, o cangaceiro Corisco jurou vingança e continuou a atuar até maio de
1940, quando também foi morto num cerco policial. Na década de 40, o Brasil passava por grandes transformações
econômicas e sociais, promovidas pela industrialização.
A evolução dos meios de transporte e comunicação integravam pouco a pouco o
sertão ao resto do país. De resto, a necessidade de mão de obra nas fábricas do
Rio de Janeiro e de São Paulo passaram a atrair a população do semi-árido.
Assim, as diversas circunstâncias que originaram o cangaço desapareceram junto
com ele.
FONTE:
- http://educacao.uol.com.br/historia-brasil/cangaco-banditismo-no-sertao-nordestino.jhtm
- http://www.youtube.com/watch?v=-tm_qAqIkJE
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